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terça-feira, 5 de maio de 2015

Mortal Kombat X Analise


NOTA TOTAL:8.8
GRÁFICOS: 9
JOGABILIDADE:9
DIVERSÃO:10
SOM:7
CLASSIFICAÇÃO INDICATIVA      +18
GÊNERO                                            LUTA
PRODUTORA                                    NetherRealm Studios
PLATAFORMA                                 PS3, PS4, Xbox One, Xbox 360 e PC
IDIOMA                                              Inglês,Português



ANALISE COMPLETA:

Mortal Kombat X parece ter concluído uma tarefa que muitos julgavam impossível: superar seu antecessor. Lançado para Xbox OnePS4 e PC, e posteriormente para PS3 e Xbox 360, o jogo chegou com muitas qualidades e uma história inédita que surpreende. Confira a análise completa e veja o que mudou neste capítulo da serie.


Era uma vez, em um mundo de caos

Um helicóptero sobrevoa escombros e confrontos entre humanos e demônios quando, de repente, Scorpion aparece e abate o seu piloto. É com essa cena que Mortal Kombat X começa mais ou menos de onde o anterior parou. Em sua história, vimos o imperador Shao Kahn derrotado e consumido pelos deuses antigos. Porém, o deus caído Shinnok revelou suas verdadeiras intenções em dominar a Exoterra e o plano terreno, além de qualquer mundo que ver pela frente.
É claro que as chamadas “forças do bem” não deixariam isso ocorrer de forma barata, e assim Johnny Cage, Sonya Blade, Kenshi, Raiden, Fujin e outros heróis correm em socorro do nosso mundo, honrando ainda heróis que haviam caído em combate, como Jax e Liu Kang. O grupo se reúne para combater Shinnok durante um período de cinco anos iniciais e, logo, conseguem o objetivo.
Depois de aprisionar Shinnok em seu amuleto e salvar os mundos, mais uma vez, os heróis vão viver suas vidas como podem e a história dá um salto – 20 anos adiante. Johnny agora está bem mais velho, assim como Sonya e outros personagens. Tudo isso para dar lugar a uma nova geração de heróis, formada por herdeiros daqueles combatentes do passado, incluindo Cassie Cage, filha dos dois militares.
Durante todo esse tempo, Cassie e um novo grupo de heróis cresceram para se tornar novos membros das Forças Especiais, que lutam ao lado de alguns heróis da Exoterra para continuar mantendo a paz em todos os mundos. Ainda assim, nada vai ser fácil quanto parece, já que uma guerra civil se deflagra por lá, entre a “verdadeira herdeira” Mileena e o atual imperador, Kotal Kahn.
Estes são apenas alguns dos primeiros momentos de Mortal Kombat X. Novamente o jogo dá um banho em termos de história e narrativa, e conta tudo isso de forma cinematográfica, frente aos fatos que precisamos acompanhar para entender tudo: quem são os novos personagens? Onde está Quan Chi? Como Scorpion ainda vive? Por quanto tempo mais os guerreiros precisarão participar de combates mortais?
Com Mortal Kombat 9, a NetherRealm Studios ensinou aos jogos de luta que eles podem ter momentos de sua história que vão além de rápidas cenas ou de imagens paradas e com poucas legendas. Com momentos repletos de ação, este tipo de narrativa se repetiu em Injustice: Gods Among Us, jogo anterior do estúdio, e está novamente presente em Mortal Kombat X, agora de forma ampliada e melhorada.
Ainda é de se espantar que o ritmo seja mantido ao longo de toda história. Se em MK9 tínhamos uma grande releitura de toda a antiga série – incluindo reinterpretações de MK1, 2 e 3 -, aqui temos um enredo que lida com futuros incertos de personagens que conhecemos e outros que estamos conhecendo agora. Novamente, um show de história, narrativa e na forma de entreter seu jogador.
É claro que MKX não é apenas história, e por isso mesmo traz uma jogabilidade que continua apostando na fórmula de sucesso que os jogadores já conhecem, mas com muitas novidades que podem, e devem, agradar.

Três estilos, três vezes mais combates

Logo de cara podemos jogar todos os modos do game, mas o mais aconselhável é seguir o caminho de lutas simples antes de encarar a história. Testar alguns golpes no modo tutorial também pode ser adequado, já que há uma grande novidade no sistema de lutas: as três possíveis instâncias de golpes de cada lutador.
Imagine que Scorpion, por exemplo, pode ter três estilos de luta – ninja, demoníaco e furtivo. Cada estilo tem golpes diferentes e deve ser escolhido antes da luta. Durante o embate não é possível alternar seu estilo, o que torna aquele lutador único durante aquele conflito. Mais tarde, em outra luta, você pode testar outra versão de Scorpion, sem necessariamente mudar o personagem.
Isso se estende por todos os lutadores deste capítulo, incluindo novos e antigos. De acordo com o estilo você também pode ter algumas pequenas variações na aparência deste personagem, quase imperceptível, mas que pode ajudar na identificação e variação daquela escolha.
No restante dos combates, muita coisa continua da mesma forma. É claro que MKX representa uma evolução, e por isso mesmo traz alguns elementos que foram herdados de Injustice, o jogo anterior do estúdio. Por exemplo, é possível interagir com o cenário novamente, mas de forma bem mais extensa. Os combos, X-Rays e agarrões seguem da mesma forma que conhecíamos, só que muito mais brutal, claro.
Os mais experientes, porém, logo vão notar que MKX mudou algo bem clássico da série: este é um Mortal Kombat mais “rápido”, mais “frenético”. As lutas são mais ferozes e apresentam um ritmo bem mais rápido do que no capítulo anterior, fazendo cair por terra aquele conto de que Mortal Kombat era um game de evolução mais lenta do que seus “concorrentes”.
Fatalities, Brutalities (que retornam por aqui), combos e outros elementos-chave e que fizeram sucesso na série estão presentes. Os Fatalities ganharam mais variedade e, em alguns momentos, podem ser executados com mais facilidade, mas só para quem quiser. Aliás, facilidade é algo proeminente neste capítulo, onde é possível até mesmo pular as lutas no modo história, apenas para acompanhar o enredo. Nada de errado, já que é uma opção apenas para quem desejar.
Em termos de jogabilidade, é incrível como MKX pode ter mudado tão pouco e, ao mesmo tempo, apresentar tantas coisas novas. É a velha história de que “em time que está ganhando não se mexe”, mas não levado tão ao pé da letra assim. O que o estúdio NetherRealm resolveu fazer foi realmente remodelar alguns aspectos de sua saga, sem deixar a identidade cair de qualidade.Identidade é uma palavra que é reforçada a cada momento nas lutas de MKX. Os golpes, aliás, continuam muito criativos e com comandos relativamente fáceis de se realizar. Os combos também se encaixam com facilidade e todo o restante é muito amigável a jogadores de todos os tipos. É claro que só os melhores devem se sobressair nos modos online, mas a verdade é que qualquer um pode aproveitar o game, no geral.

Kombate recheado

Mortal Kombat X vem com muitos modos de jogo, alguns deles apostando forte na conexão com a Internet, como o modo de guerra de facções. Aqui o jogador escolhe sua facção no início do game e vai lutando enquanto pode. Conforme suas vitórias aumentam, sua facção também sobe de nível e o mesmo acontece com usuários ao redor do globo, que estejam jogando conectados com a Internet.
O mais interessante é que isso independe de plataformas. Assim, quem está jogando no Xbox One ou PC e escolher a facção Lin Kuei poderá ajudar esse time a subir de nível juntamente com você, que está jogando no PS4, por exemplo. Foi uma forma inteligente e clara de unir as plataformas, ainda que seja de forma bem indireta.
Outro modo que retorna de forma bem interessante é o Teste sua Sorte, que está mais divertido do que nunca. Aqui você deve encarar lutas aleatórias, contra oponentes escolhidos na sorte e com modificadores selecionados da mesma forma. Você pode, por exemplo, encarar um inimigo com o chão escorregadio, ou saindo chamas a todo o momento, ou com facas voando pelo cenário e acertando os dois ao mesmo tempo e por aí vai. Divertido e curioso, no mínimo.
Os modos extras são muitos e variam bastante. Além do óbvio multiplayer online com seus submodos, como o “Rei da Montanha”, temos o retorno da Torre de Desafios, que agora possui três variantes, entre elas a Torre Viva, que vai sempre mudando, de acordo com o tempo. A Torre em si continua a mesma, com desafios específicos e lutas pré-programadas que devem ser vencidas pelo jogador.
Por fim, há ainda a Krypta, contendo diversos extras que podem ser destravados por meio de uma moeda fictícia obtida pelo jogador ao longo das lutas. Desta forma é possível destravar Fatalities, artes dos personagens, roupas adicionais e outros benefícios, da mesma forma que existia em MK9, mas com um exploração mais “solta”, lembrando um jogo de tiro em primeira pessoa.
É claro que, com tantos modos, Mortal Kombat X deve durar bastante nas mãos do jogador mais exigente. O modo de história não dura tanto quanto parece, apesar de ser demorado para os padrões de um jogo de luta, mas vai ser difícil ficar jogar por algum tempo, principalmente pelo modo online.

Kombate imperfeito

Mortal Kombat X é muito bom e divertido, mas não é perfeito. Há pequenos problemas no modo online, como lags que podem atrapalhar as partidas. Esse tipo de problema parece ser comum em jogos de luta quando são recém-lançados no mercado, porém, e por isso esperamos por melhorias através de “patches” de atualização.
Outros problema curioso inclui a participação de alguns personagens no modo história, mas que não são jogáveis nas outras modalidades, como o multiplayer. Isso pode decepcionar enormemente alguns fãs, já que muito provavelmente esses personagens serão lançados por meio de pacotes adicionais, via download – ou seja, você vai ter que desembolsar mais dinheiro para comprá-los, mesmo estando presentes na história e, inclusive, com lutas contra seus personagens.

Visual e som: dois mundos distintos

Assim como Exoterra e plano terreno, som e gráficos em Mortal Kombat X andam em lados diferentes, ao menos na versão brasileira, a qual testamos. O visual é incrível, com muitos efeitos bem explorados em prol do poder de consoles da nova geração, como partículas e muita destruição ao mesmo momento, tudo isso rodando suave, a 60 quadros por segundo, e na resolução máxima. Os personagens podem não ser os mais bem modelados do mundo, mas não decepcionam nem um pouco.
Já o som, por outro lado, não é dos melhores. Não se engane, pois Mortal Kombat X continua com uma trilha sonora arrasadora e vozes originais que podem ser consideradas em bom nível. Porém, a edição brasileira conta com algumas decisões questionáveis no elenco de dublagem, que é recheado de bons dubladores, mas que também conta com algumas vozes bem estranhas em alguns personagens – entre eles Cassie Cage, que é dublada pela cantora Pitty. Enquanto roqueira, Pitty faz um ótimo trabalho e sucesso entre seus fãs, mas na voz da personagem ela não brilha tanto e, na verdade, deu um resultado bem estranho e questionável.

Conclusão

Mortal Kombat X é o MK definitivo. Perto dele, o anterior fica parecendo “brincadeira de criança”, sem desmerecer, mas sim enaltecendo a evolução natural da série. Os gráficos estão excelentes e as adições à jogabilidade foram bem pontuais e nada exageradas. O modo de história continua muito bem dirigido e os modos multiplayer e extras seguem interessantes. É claro que nem tudo é perfeito e, no caminho, temos problemas com personagens que serão vendidos por DLC e uma dublagem questionável.
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